Novos cargos no ambiente de Gestão por Processos

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Novos cargos no ambiente de Gestão por Processos


No artigo anterior (“Gestão do desempenho é fundamental, mas… desempenho de quê?”) afirmamos que “Todo resultado empresarial relevante é obtido através de processos ou projetos organizacionais; nunca através de departamentos isolados.” Concluímos então que a Gestão por Processos é o antídoto contra os males crônicos do velho paradigma da “Gestão por Departamentos”, pois essa nova forma de administração subordina a estrutura vertical de departamentos e a coloca a serviço do fluxo horizontal de criação de valor, integrando efetivamente as diferentes áreas através de processos empresariais padronizados. Nesta edição esclarecemos alguns aspectos importantes que devem ser observados para que a Gestão por Processos funcione bem.

 

O primeiro ponto vital a destacar é a nova figura do líder de processo, um cargo que não existe na Gestão por Departamentos. Como o próprio nome diz, o líder de processo é o responsável primário por liderar a equipe de processos no dia-a-dia de trabalho, a fim de que a finalidade do processo seja cumprida da maneira mais eficaz possível. Entre suas tarefas típicas estão: elaborar o plano de trabalho diário (no caso de processos com volume considerável de transações), definindo prioridades e ajustes; realizar a revisão periódica do desempenho do processo juntamente com a equipe, e coordenar os esforços de melhoria contínua.

 

Note que tal coisa implica uma mudança radical no papel dos gerentes ou chefes das áreas funcionais, pois na nova estrutura de processos já não são eles quem definem as prioridades rotineiras, mas sim os líderes de processo! Em outras palavras, os membros da equipe de cada processo (composta por cargos das diferentes áreas verticais) já não recorrem a seus chefes departamentais para perguntar “e agora, o que é que eu faço?”, pois eles já não intervêm diretamente no fluxo de atividades do processo. Caso trate-se de uma tarefa rotineira, a resposta para tal pergunta já estaria respondida no momento em que a equipe padronizou o processo. E se se trata de responder a alguma situação especial, é o líder do processo que está em melhor posição para prover orientação.

 

Mas se já não são os chefes ou gerentes de departamentos os que definem as prioridades de trabalho, o que lhes cabe fazer na nova estrutura de Gestão por Processos? O papel insubstituível de “coach” do seu pessoal técnico (os quais tipicamente participam de vários processos). Entre as preocupações relativas a seu pessoal deveriam estar coisas do tipo: “será que cada um dos meus colaboradores tem o perfil de conhecimentos requeridos pelo processo, hoje e no futuro?”; “são colaboradores multifuncionais? podem intervir em diferentes processos?”.

 

Mas dizer que os gerentes funcionais já não intervêm diretamente na rotina diária dos processos não significa aliená-los da dinâmica dos processos ou isentá-los de responsabilidade sobre os mesmos, pois no novo paradigma de gestão surge também o cargo de gerente de macroprocesso, normalmente ocupado pelo gerente funcional da área mais diretamente envolvida num determinado conjunto de processos afins (os macroprocessos). A principal função de um gerente de macroprocesso é assegurar que o conjunto de processos sob sua responsabilidade estão operando de maneira harmoniosa, cumprindo a finalidade estabelecida para o macroprocesso. Para isso, realiza a análise periódica do desempenho de cada processo do macroprocesso em questão, juntamente com seus líderes, apoiando as diferentes equipes em seus esforços de melhoria contínua.

 

Por aí podemos apreciar um cenário de trabalho bem diferente do tradicional. Na próxima edição, veremos algumas dicas sobre como, nesse novo ambiente, podemos avaliar de maneira prática, simples e eficaz o desempenho de processos e projetos empresariais. Até lá, deixo algumas questões para reflexão e comentários: Na sua empresa existe de fato a Gestão por Processos? Ela tem as características que estamos descrevendo aqui? Contribua relatando sua experiência; acrescente seus comentários valiosos!

 

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E você? O que pensa sobre este tema?

Qualquer comentário será muito bem-vindo.

Até a próxima edição!

Eduardo C. Moura

emo[email protected]

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